Acidentes de trabalho e denúncias marcam atuação da Equatorial e suas terceirizadas em Goiás

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O STIUEG apresentou ao Ministério Público do Trabalho (MPT-GO) um extenso relatório destacando a gravidade da situação enfrentada pelos trabalhadores da Equatorial e suas empresas terceirizadas. Desde a privatização da Celg, os registros de acidentes de trabalho cresceram de forma alarmante, expondo a fragilidade das condições de segurança e a falta de compromisso com os trabalhadores e a sociedade goiana.

Relatório de acidentes graves

Entre os casos apresentados, destacam-se:

17/11/2023, Piranhas: Um eletricista sofreu uma descarga elétrica durante uma atividade emergencial e caiu de oito metros de altura, resultando em queimaduras de segundo grau e traumatismo craniano.

15/08/2024, Professor Jamil: Pablo Elias teve os dois braços amputados e extensas queimaduras após receber uma descarga elétrica durante a substituição de um poste.

20/06/2024, Luziânia: Trabalhador da construtora Energia faleceu ao realizar desmembramento de um circuito de baixa tensão.

24/12/2024, Três Ranchos: Bruno, funcionário de uma terceirizada, sofreu queimaduras e cortes graves durante uma atividade em uma linha de alta tensão.

Esses são apenas alguns dos casos que evidenciam o cenário crítico vivenciado pelos trabalhadores. O sindicato também apresentou registros de acidentes fatais e denúncias de assédio moral e doenças ocupacionais, reforçando as condições insalubres e opressivas nos ambientes de trabalho.

Ganância empresarial e impactos humanos

O STIUEG aponta que, desde a privatização, a prioridade da Equatorial tem sido o lucro, conforme descrito em sua missão institucional, negligenciando a segurança e o bem-estar dos trabalhadores. O sindicato também denuncia a crescente prevalência de doenças ocupacionais e psicossomáticas, atribuídas a condições de trabalho precárias e à falta de valorização humana.

Além disso, a entidade destacou casos de cerceamento das atividades sindicais, manipulação de eleições das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA) e assédio moral, como já noticiado anteriormente.

Ação do Ministério Público do Trabalho

O sindicato elogiou a iniciativa do MPT-GO em buscar esclarecimentos e soluções para a situação. Contudo, enfatiza a necessidade de fiscalização rigorosa e medidas efetivas para reduzir o número de acidentes e melhorar as condições de trabalho.

O STIUEG segue cobrando a responsabilização da Equatorial e suas terceirizadas, com foco na proteção dos trabalhadores e na garantia de um ambiente de trabalho seguro e digno.

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Em breve faremos a convocação para uma campanha de denúncias diretas ao MPT, fiquem atentos! Juntos!