Xingamentos no metrô por usarem uniforme da empresa; falta de material básico para fazer a manutenção da rede elétrica; jornadas superiores a doze horas para tentar cumprir a meta de 30 serviços diários.
Essas são algumas das queixas relatadas a esta coluna por eletricistas terceirizados a serviço da Enel, a concessionária responsável pelo abastecimento de eletricidade na capital paulista. Por medo de represálias, os profissionais falaram sob a condição de anonimato.
Na semana passada, a categoria organizou um protesto em frente à sede da companhia e até ensaiou uma greve, que acabou não se concretizando, depois do assassinato de um eletricista, na zona leste do município. Odail Maximiliano Silva Paula, de 27 anos, tomou um tiro do dono de uma academia, após cortar a luz do estabelecimento.
Com as recorrentes quedas no fornecimento de energia na cidade, desde o fim do ano passado, episódios de hostilidades contra os profissionais têm sido cada vez mais comuns, segundo o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo. “O povo está transferindo a raiva [que sente] da Enel para os técnicos”, afirma Eduardo Annunciato, presidente da entidade. “Mas a população tem que compreender que eles não têm culpa de nada do que está acontecendo”, acrescenta.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Enel diz que “os contratos de serviços entre a distribuidora e as empresas parceiras respeitam a legislação trabalhista e incluem procedimentos e indicadores para o acompanhamento das condições de trabalho dos colaboradores terceirizados, em linha com as melhores práticas do mercado”.
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